Saudades do futuro

Leia Isaías 65:17 a 25

Como é bom viver de promessas! Como é agradável! Há algo de emocionante, ter a certeza, que um dia, viveremos em paz uns com os outros. Quando aqui na Terra passam alguns anos sem que tenhamos que ver a guerra de perto, sem que a tenhamos que assistir pela televisão, sem que tenhamos que enfrentar seu visual de destruição e morte, e as dores associadas, as crueldades peculiares, já nos sentimos como estando num paraíso. Como são bons e saudosos os tempos em que pouco se falava de guerra. Tempos que passam, ou que passaram, talvez não voltarão mais nessa vida.

Hoje, se não falam de guerra, falam de violência; ou então de drogas, outro tipo de violência; ou então, de corrupção, de imoralidade... a civilização está, como escorregando em direção a dores insuportáveis. Temos medo quando cruzamos com outro ser humano que não conhecemos.

Temos medo de sair no escuro, de sair à rua, de ficar em casa. Estar vivo é correr riscos, muitos riscos. Assim vivemos, se não estamos diretamente em meio a guerra, ouvimos a respeito, se a violência não foi conosco, aconteceu com amigos, se não nos roubaram desta vez, levaram de algum conhecido. Como seria bom ter paz no país, ter paz no mundo.

Quanto mais somos oprimidos pelos homens, que apenas desejam a guerra, mais sentimos saudades do que nunca experimentamos em plenitude. Ah!, como será o lugar que Jesus prometeu, aquelas moradas de paz, seguras para sempre? Eternidade para viver em paz, guiados pelo puro amor.

Nos dias em que o mundo pulava o carnaval, estivemos acampados entre os da mesma fé. Eram mais de seiscentas pessoas, umas duzentas barracas. Durante cinco dias, formou-se uma pequena cidade. Ali todos eram amigos. Formavam-se pequenos grupos de barracas em torno de uma cobertura de lona. Em baixo dessa cobertura, um espaço para as pessoas se assentarem e esquecerem o tempo, em conversa amistosa. Em duas dessas noites, a conversa foi tão boa que, embora o sono chegasse, ficamos até bem tarde conversando. Falávamos sobre a natureza de Deus, e nos admirávamos da maravilha que Ele é, no pouco que d’Ele sabemos. E nos deliciávamos das questões que não sabíamos responder, e que respeitosamente arquivávamos em nossas mentes, para um dia aprofundar, talvez ao longo da eternidade. Como foi bom explorar os assuntos relacionados ao Rei da paz. Esses momentos foram uma pequena amostra do que será a felicidade quando estivermos vivenciando a verdadeira paz, da qual apenas ouvimos falar.

Nessa Terra tudo passa, tudo é provisório. Até a nossa vida passa. A vida é tão curta que parece que foi ontem que era menino, hoje, passando dos cinqüenta anos, a manhã, um idoso.

Não, não serei idoso, nem na idade, nem na atitude. Jesus vai voltar antes. Não é possível que tantas profecias estejam se cumprindo ao mesmo tempo, e que a volta de Jesus ainda demore algumas décadas. Gosto, particularmente de uma passagem que se encontra num contexto profético. Jesus enunciou um certo numero de sinais que deveriam acontecer antes de Seu retorno. Após, disse assim: “quando virdes todas estas cousas, sabei que está próximo às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.” (Mat. 24:33 e 34). Tenho uma apreciação particular por estas palavras. Aplica-se também ao nosso tempo. Os sinais do fim se cumprirão todos durante o tempo de no máximo uma geração. Tudo se cumprirá numa geração. Creio firmemente que nós somos a geração dos últimos fatos que antecedem a ida ao reino da paz. Esta é a geração da guerra, da violência, do crime, de tudo o que é mau, virtual ou real. Mas também esta é a geração que mais do que as anteriores, aspira, sonha, deseja, necessita da paz de nosso Senhor. Temos saudades do que Ele prometeu.

Veja o que Ele disse, pelo profeta Isaías. “Eles (nós) edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão do seu fruto. Não edificarão para que outros habitem,; não plantarão para que outros comam; porque a longevidade do meu povo será como a da árvore, e os meus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos. ... O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi, pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor” (Isa. 65:21, 22 e 25). Vivemos de imaginação, e nossa geração, de imaginação com muita fé. Os mais jovens nem sequer sabem o que é viver sem fechar as portas da casa, sair sem preocupação, sem ser assediado por algum traficante. Como mudou o mundo nessa última geração. Quando Jesus voltar, isso será logo, teremos paz, verdadeira paz. O amor será nossa maneira de relacionamento uns com os outros. não mais palavras ásperas, nem confronto, nem guerra. Disso não mais se ouvirá falar, nem teremos que nos lembrar (Isa. 65:17).

Que saudades sentimos do cumprimento das promessas do reino do amor! Quando será o dia da inauguração desse reino? Nosso rei já está lá, alguns dos seres humanos também, Enoque, Moisés, Elias, os que ressuscitaram com Jesus. Eles já sabem como é a perfeição, desfrutam dela.

Nós, viventes dos últimos dias, da última geração, ainda aguardamos. Se dormirmos, não será por muito tempo. Se ficarmos para assistir em vida o desfecho, teremos o privilégio de mensurar, avaliar e comparar o extremo da guerra e da violência com a plenitude do amor de DEUS por Suas criaturas. Como é bom meditar sobre como possivelmente deverá ser o Céu. É sobre isso que ocuparei hoje a minha mente ao buscar o sono reparador da noite. O Deus da paz nos proteja a todos, e Jesus esteja com todos, como prometeu. Ora, vem Senhor JESUS! (Prof. Sikberto R. Marks)

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