Palácios vazios

Imaginemos a seguinte cena no céu:

Dois personagens imponentes caminham silenciosamente, ombro a ombro, pelas ruas douradas. Um deles imediatamente reconhecemos se o Mestre. O outro, bom, deve ser o anjo Gabriel. Passeiam no Paraíso muito mais maravilhoso do que a mais bela descrição terrestre. De alguma forma, todo aquele esplendor, parece empanado pela falta de habitantes na cidade e pelo estranho silêncio entre os dois. É difícil compreender porque a cidade ainda continua assim deserta.

Os palácios que margeiam as ruas douradas, são de indescritível beleza, rodeados de jardins perfumados, caramanchões floridos e gramado de verde vivo. Todo filho de Deus pasmaria de alegria só de acariciar a idéia de um dia possuir uma destas moradas. Por fim, Gabriel quebra o silêncio.

Mestre, tudo que criaste é perfeito e maravilhoso. Estas moradas não são exceção. Elas são tão belas como só Tu as poderia fazer.

Elas seriam completamente lindas, se estivessem habitadas por Meus filhos.

Após uma pausa, Gabriel fala:

Mestre, quando planejas trazê-los para cá?

Não ainda, Gabriel. E com voz suave e triste repetiu: não ainda...

Não era Seu plano trazê-los para cá em breve?

Sim, disse o Mestre e sua tristeza se acentua.

Há uma pausa mais demorada, e então Gabriel diz:

Mestre, bem sabes que há uma escassez de moradas lá na terra. Muitos não tem lares e estão desabrigados. Aqueles que são proprietários de uma casa parecem satisfeitos e seguros com isto, e não pensam muito no lar do céu. Mas, Mestre, a mais linda mansão de lá é como uma choupana comparada com estas que preparaste.

Eu sei, disse o Salvador. Gabriel, você vê aqueles grupos de pessoas espalhadas por toda a terra, aqueles que estão ajoelhados?

Sim, Mestre.

Aqueles são meus filhos fiéis, que me amam e estudam as Escrituras que lhes deixei.

Também contam aos outros de minha breve volta. O Mestre pára, hesita e depois continua:

Mas, Gabriel, às vezes, quando eles observam que os sinais que precedem a minha volta à terra estão acontecendo, eu percebo, na maioria deles uma certa preocupação, como se estivessem... receosos dos acontecimentos finais de me ver, a Mim, que os amos tanto!...

O Mestre não consegue continuar falando sobre tudo que está em Seu coração, mas Gabriel, compreende, e desvia seu rosto, porque não tem o que dizer a Seu Senhor.

Após alguns instantes, o anjo Gabriel, volta-se, exprimindo em sua face grande amor e admiração e diz:

Jesus!

“Não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, Ele á longânimo para conosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. Nós porém, segundo a Sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça”. II Pedro 3:9 e 13.

A face do Salvador iluminou-se ao ser chamado pelo nome, que de maneira especial expressa Sua missão, ao mundo caído. Gabriel espera um instante e tomando as mão marcadas pelo sacrifício, repete o imaculado nome:

Jesus, Tu deste tudo por eles, é uma pena que ainda não estão prontos!

Ele não conseguem dizer mais nada, pois mesmo o principal anjo do céu, não encontra palavras adequadas para expressar tão infinito amor por você e por mim.

Forte emoção envolve os dois imponentes personagens. Estão grandemente desapontados além de toda descrição. Eles tem o coração quebrantado.

Lançando o olhar para os palácios vazios, Jesus pergunta:

Gabriel, não querem eles vir para o lar?...

Não há nada de imaginário acerca do desapontamento que parte o coração do Salvador.

É muito mais real e intenso do que foi pintado neste relato.

Palácios vazios esperam por você e por mim. Porque? Porque estruturas terrestre que se desmancham com a enxurrada, prendem nossas afeições, enquanto, no céu, os Palácios eternos continuam vazios?

Meu amigo, você não quer ir para o lar?

Jesus está ansioso para vir nos buscar. Ele quer levar a cada um de nós. É tempo de pararmos de atrasar a Sua vinda.

Vamos?

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